O tiro esportivo é uma das competições mais antigas do programa olímpico moderno. Presente desde a primeira edição dos Jogos, em Atenas 1896, a modalidade apenas ficou ausente em duas ocasiões: Saint Louis 1904 e Amsterdã 1928. Com o passar das décadas, o esporte evoluiu significativamente, ganhando mais categorias, tecnologia e, principalmente, maior participação feminina.
Atualmente, as disputas são divididas em 15 provas, organizadas em três grupos principais: pistola, carabina e tiro ao prato. Cada uma dessas categorias exige dos atletas precisão, controle emocional e disciplina, tornando o tiro esportivo uma das competições mais desafiadoras e técnicas das Olimpíadas.
O tiro esportivo e sua evolução nos Jogos Olímpicos
A prática do tiro como esporte tem raízes que remontam aos séculos passados, quando era comum a realização de torneios de pontaria entre militares e caçadores. Entretanto, foi apenas no século XIX que o tiro esportivo se consolidou como uma atividade competitiva, com regras mais bem definidas e a criação de clubes especializados.
Nos Jogos Olímpicos, o tiro esportivo esteve presente desde a primeira edição, com disputas exclusivas para homens. As mulheres só começaram a competir em 1968, ainda em provas mistas, e tiveram suas próprias categorias reconhecidas somente em 1984. Um dos momentos históricos mais marcantes foi a medalha de prata conquistada pela americana Margaret Murdock, em 1976, tornando-se a primeira mulher a subir ao pódio na modalidade.
O Brasil também fez história cedo no tiro esportivo. Em 1920, nos Jogos de Antuérpia, o país conquistou suas primeiras medalhas olímpicas na modalidade. Afrânio da Costa faturou a prata na pistola livre, enquanto Guilherme Paraense entrou para a história como o primeiro atleta brasileiro a ganhar uma medalha de ouro olímpica, na pistola rápida. Além disso, a equipe brasileira garantiu um bronze na pistola livre por equipes.
O tiro esportivo passou por diversas mudanças ao longo dos anos, incluindo ajustes no formato das provas e o aprimoramento dos equipamentos utilizados pelos atletas. Hoje, as competições seguem rigorosos padrões internacionais e contam com sistemas eletrônicos de pontuação para garantir a máxima precisão nos resultados.
As modalidades do tiro esportivo nas Olimpíadas
As provas do tiro esportivo são disputadas em três grandes categorias: pistola, carabina e tiro ao prato. Cada modalidade tem regras próprias, variação de distâncias e técnicas específicas.
Pistola
Nesta categoria, os atiradores realizam os disparos segurando a arma apenas com uma das mãos, o que torna a prova ainda mais desafiadora. As distâncias das provas são 10 e 25 metros.
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Pistola de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista) – Os atletas precisam acertar alvos de 15,5 cm de diâmetro, sendo que o centro mede apenas 11,5 mm.
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Pistola 25 metros (feminino) – Dividida entre tiros de precisão e velocidade, totalizando 60 disparos.
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Pistola de tiro rápido 25 metros (masculino) – Os competidores precisam acertar cinco alvos a 25 metros, dentro de tempos reduzidos em cada sequência de disparos.
Carabina
As provas de carabina exigem grande estabilidade, pois os atletas devem manter total controle corporal ao longo dos disparos.
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Carabina de ar 10 metros (masculino, feminino e equipe mista) – Os atiradores utilizam carabinas de ar comprimido e miram em um alvo com 4,5 cm de diâmetro.
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Carabina 3 posições 50 metros (masculino e feminino) – A prova é disputada em três posturas diferentes: em pé, ajoelhado e deitado, com 40 tiros por posição no masculino e 20 no feminino.
Tiro ao Prato
Diferente das provas anteriores, que utilizam alvos fixos, o tiro ao prato ocorre ao ar livre e exige dos atletas reflexos rápidos e uma mira extremamente apurada para atingir alvos móveis.
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Fossa Olímpica (masculino, feminino e equipe mista) – Os pratos são lançados aleatoriamente, sem aviso prévio de trajetória.
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Skeet (masculino e feminino) – Os atiradores precisam acertar pratos lançados de torres opostas, com trajetórias predefinidas, exigindo um alto nível de precisão e tempo de resposta.
O Brasil no tiro esportivo olímpico
Desde suas primeiras conquistas em 1920, o Brasil enfrentou um longo período sem medalhas no tiro esportivo. Essa sequência foi interrompida apenas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, quando Felipe Wu conquistou a prata na pistola de ar 10 metros. O feito renovou o interesse pela modalidade no país e incentivou novos atletas a investirem na prática.
Com a crescente participação brasileira em torneios internacionais, o país busca se consolidar como um nome forte no tiro esportivo mundial. O investimento em treinamento e a modernização das técnicas de preparação têm gerado resultados promissores para os próximos ciclos olímpicos.
Conclusão
O tiro esportivo é um dos esportes mais exigentes dos Jogos Olímpicos, combinando habilidade técnica, concentração e resistência mental. Sua longa história na competição reflete a evolução do esporte e a crescente participação feminina ao longo dos anos.
Para o Brasil, o tiro esportivo tem um significado especial, pois foi a modalidade que rendeu as primeiras medalhas olímpicas ao país. Com a renovação do interesse e novos talentos surgindo, o futuro da modalidade promete trazer ainda mais conquistas e reconhecimento no cenário esportivo mundial, espera a loja Milenium Armas, de Itapira (SP).
Para saber mais sobre tiro esportivo nas Olimpíadas, acesse:
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/modalidades/tiro-esportivo
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