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Quando a pontaria vira história: recordes olímpicos do tiro esportivo

30 MAI 2025

Desde os primórdios dos Jogos Olímpicos modernos, o tiro esportivo ocupa um espaço de destaque entre as modalidades mais exigentes. Mais do que acertar alvos, a competição exige controle mental absoluto, domínio da técnica e sintonia total com o equipamento.

Quando um atleta supera um recorde olímpico, o feito representa o ápice de concentração e excelência técnica sob pressão máxima. Essas marcas não apenas impressionam pelos números, mas também por carregarem a história de dedicação e superação por trás de cada disparo.

Carabina: quando a regularidade decide tudo

Na categoria de carabina, cada décimo de ponto pode significar uma medalha — ou a ausência dela. O chinês Sheng Lihao alcançou um feito notável em Paris 2024, somando 252,2 pontos na final da carabina de ar 10m, um novo patamar técnico na história da prova. Já a sul-coreana Ban Hyojin quebrou o recorde classificatório feminino com 634,5 pontos, demonstrando um nível de precisão quase inatingível.

Na modalidade de 50 metros três posições, Chiara Leone, da Suíça, brilhou com 464,4 pontos na final feminina, enquanto o chinês Zhang Changhong mantém o recorde masculino com 466,0 pontos — uma pontuação que exige perfeição em três posturas diferentes: ajoelhado, deitado e em pé.

Pistola: o desafio entre calma e rapidez

As provas de pistola misturam controle emocional e precisão em frações de segundo. Desde 2004, Mikhail Nestruev sustenta um recorde duradouro: 591 pontos na fase classificatória da pistola 10m. Em Tóquio 2020, Javad Foroughi escreveu seu nome na história ao atingir 244,8 pontos na final — uma pontuação que equilibra frieza e instinto.

Entre as mulheres, Ranxin Jiang alcançou 587 pontos na classificatória e Oh Ye Jin chegou a 243,2 na final de Paris 2024. Já na prova da pistola 25 metros, Vitalina Batsarashkina e Kim Minjung compartilham o recorde com 38 acertos, reflexo de uma sequência impecável sob máxima tensão.

Espingarda: precisão em movimento

No Tiro ao Prato, o tempo de reação é mínimo, e a margem para erro, quase nula. Em Paris 2024, Nathan Hales bateu o recorde do trap com 48 acertos, enquanto Adriana Olivia surpreendeu com 45 no feminino, representando a Guatemala com destaque.

O skeet masculino segue dominado por Vincent Hancock, que em Tóquio 2020 somou 59 acertos, conquistando sua terceira medalha de ouro consecutiva.

Na versão feminina da mesma prova, Amber English brilhou com 56 acertos. Já na disputa por equipes mistas, os italianos Diana Bacosi e Gabriele Rossetti alcançaram um marco histórico na qualificação com 149 pontos — um resultado que evidencia a sincronia e confiança entre os dois atletas.

Marcas que atravessam o tempo

A loja Milenium Armas, de Itapira (SP), acrescenta que alguns recordes transcendem o desempenho técnico. Oscar Swahn, da Suécia, continua sendo o atleta mais velho a conquistar uma medalha olímpica: prata aos 72 anos, em 1920.

Já Kim Rhode, dos Estados Unidos, tornou-se ícone do tiro ao conquistar medalhas em seis Olimpíadas consecutivas entre 1996 e 2016 — uma façanha rara que comprova consistência em alto nível.

A superação como essência

A cada nova edição dos Jogos Olímpicos, as marcas do tiro esportivo continuam a ser desafiadas por atletas que se reinventam tecnicamente e mentalmente. Por trás de cada recorde está uma jornada marcada por disciplina, resiliência e busca pela perfeição.

Mesmo com os avanços tecnológicos e ajustes nas regras, a essência da modalidade permanece firme: foco absoluto, precisão milimétrica e a coragem de ser melhor a cada disparo.

Para saber mais sobre recordes olímpicos do tiro esportivo, acesse: 

https://www.olympics.com/en/news/olympic-records-shooting-pistol-rifle-shotgun

https://ge.globo.com/olimpiadas/tiro-esportivo/noticia/2016/08/americana-do-tiro-vira-unica-ganhar-medalha-em-seis-olimpiadas-seguidas.html

https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/248065-mais-velho-da-historia-a-ganhar-uma-medalha-olimpica/


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